História de boxeador bissexual que matou oponente homofóbico pode virar filme

A história de Emile Griffith, um boxeador bissexual que matou seu oponente homofóbico durante uma luta em 1962, pode virar um filme biográfico nas mãos do diretor Lenny Abrahamson e o produtor Ed Guiney. A dupla foi responsável pelo filme “O Quarto de Jack”, vencedor do Oscar em 2016.

Em 24 de março de 1962, o boxeador americano Griffith, que estava defendendo seu título mundial, foi emparelhado com o lutador cubano Benny “The Kid” Paret, no Madison Square Garden. Durante a pesagem da luta, Paret supostamente zombou de Griffith, na época havia boatos que o americano era bissexual, agarrando sua bunda e chamando-o de “maricón” (a palavra espanhola para “viado”).

Durante a luta, especificamente no 12º round, Griffith encurralou Paret, e em seguida, o acertou com um golpe que o levou à inconsciência. O juiz até impediu novos golpes de Griffith, mas Paret teve que ser levado ao hospital às pressas. Ele morreu 10 dias depois. Hoje, acredita-se que Paret realmente morreu de lesões sofridas por uma luta anterior. Ainda assim, o jogo mudou a vida de Griffith, tornando-o notório no mundo da luta.

De acordo com o site Deadline, Abrahamson, o diretor do filme, acha que a história do lutador é incrivelmente atraente. “Havia uma gentileza e inocência sobre ele e ele nunca parecia estar em conflito com sua sexualidade; na verdade ele encontrou alegria nela. Ele habitava dois mundos – a cena gay subterrânea em Nova York nos anos 60 e o mundo machista do boxe. O estigma da sociedade naquela época era terrível e criou uma pressão esmagadora sobre ele”, conta.

Griffith morreu em 2013 aos 75 anos de demência pugilística ou síndrome do boxe – uma doença neurodegenerativa encontrada naqueles que sofreram lesões cerebrais traumáticas ou golpes na cabeça. O filme sobre a vida do pugilista deverá ser lançado neste ano ou em 2019.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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