Trans espancada por sete homens no Carnaval de BH deixa hospital; saiba como ajudar

Recebeu alta no último sábado (06/06) a travesti Cibelly do Pará, brutalmente espancada por um grupo de sete homens durante o Carnaval de Belo Horizonte (MG). Internada desde o dia do ataque, 22 de fevereiro, a paraense de apenas 29 anos carrega agora sequelas profundas.

A vítima acabou ficando tetraplégica, perdendo movimentos de parte do corpo e tendo a fala comprometida. Além disso, Cibelly ainda teve afundamento do crânio. “Estar viva é um milagre“, diz a prima de Cibelly, em entrevista ao BHAZ. A Polícia Civil de Minas Gerais afirma que “não poupa esforços para esclarecer o crime” e garante que ainda trabalha nas investigações, mas o fato é que não existem nem mesmo suspeitos de cometer tal atrocidade.

“Não sei o que dizer. Não quero mexer com polícia. Não posso fazer nada. Não posso voltar atrás. A gente quer justiça, mas o que posso fazer? Preciso voltar para Belém-PA [cidade natal de pai e filha]”, desabafa ao portal o pai de vítima, que prefere não ter o nome revelado por conta da represália.

VAQUINHA VIRTUAL

Sem ter como se manter, o movimento “Lute com Ele” lançou nesta segunda-feira (08/06), uma vaquinha virtual para arrecadar doações. A meta é alcançar 25 mil reais. “Como profissional do sexo, Cibelly também não tinha uma renda fixa, garantias constitucionais para continuar se mantendo diante dessa covardia. Se você pode contribuir para que ela continue vivendo nesta nova e terrível fase de sua vida, faça. Pequenos gestos podem fazer a diferença”, diz a publicação do movimento.

Quer ajudar?! As doações podem ser feita através da vaquinha virtual ou por transferência bancária para a conta do pai de Cibelly do Pará.

Banco: CEF
Conta poupança: 001371960
Agência: 0090
CPF: 430.737.002-34
Douglas Santos de Souza (Pai)

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No Carnaval desse ano de 2020 essa travesti conhecida como Cibely do Pará estava em Belo Horizonte/MG onde atualmente também residia trabalhando como profissional do sexo para sobreviver. Num ato de brutalidade macabro 7 indivíduos a agrediram brutalmente, os agressores a insultaram chamando-a de 'traveco ', 'demônio ', falavam 'vira homem. Ela revidou as agressões gratuita que sofreu sozinha e nenhum gay e/ou travesti que estavam com ela a ajudou. Os transfobicos deixaram-a sem uma parte do crânio, ela ficou paraplégica, sem voz. Quebram-lhe vários dentes. O crime continua impune, as autoridades não deram continuidade às investigações. Violência contra transexuais Levantamento da organização não governamental Transgender Europe aponta que o Brasil, em números absolutos, é o país que mais registra assassinatos de transexual e transexuais no mundo. Uma das causas apontadas pela ONG para explicar os altos índices de violência é a vulnerabilidade dessas pessoas em terem que trabalhar com a prostituição. Uma estimativa feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que 90% de transexuais e travestis recorrem a prostituição ao menos em algum momento na vida, devido a falta de aceitação do grupo em vagas de emprego consideradas tradicionais. Como profissional do sexo, Cibely também não tinha uma renda fixa, garantias constitucionais para continuar se mantendo diante desta covardia. Se você pode contribuir para que ela possa continuar vivendo nesta nova é terrível fase de sua vida, faça. Pequenos gestos pode fazer a grande diferença. 💰Doe vaka.me/1085843 Mais informações no instagram Instagram.com/robheriolimmaoficial ou Instagram.com/movimentolutecomoele 🌈🌈🌈🌈🌈 #vidastransimportamsim

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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