Transexual tem nome social incluído em túmulo 16 anos após sua morte

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A transexual Andrea de Mayo, morta em maio de 2000, teve o nome social registrado em seu túmulo neste mês, 16 anos após seu sepultamento. Até então, o jazigo no Cemitério da Consolação tinha apenas seu nome de batismo, Ernani dos Santos Moreira Filho.

A iniciativa foi promovida pelo Serviço Funerário Municipal de São Paulo. A placa foi doada a partir delo professor da USP Renato Cymbalista. Andréa de Mayo vivia como empresária de sua casa noturna, a Prohibidu’s, uma boate no Centro de São Paulo, desativada após sua morte. Militante pelos Direitos LGBTs, era frequentemente chamada a participar de debates em TV em defesa dos direitos das travestis e transexuais.

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Andrea morreu em 16 de maio de 2000, aos 50 anos, em decorrência de complicações após cirurgia para retirada de silicone industrial de seu corpo. Após sua morte, sua vida foi um dos temas do documentário do suíço Pierre-Alain Meier, “Dores de Amor” (1988), junto com as vidas de outras quatro personagens da cena transgênera paulistana: Brenda Lee, Thelma Lipp, Condessa da Nostromundo e Cláudia Wonder.

Quando morreu, o pai de Andréa se negou a sepultá-la. Um amigo disponibilizou um jazigo do Cemitério da Consolação. O Serviço Funerário localizou o dono do túmulo e promoveu a troca da lápide. A troca da lápide ocorreu em cerminônia no cemitério no último dia 17.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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