Ativistas gays ficam gravemente feridos após serem atacados por 30 homofóbicos

Pelo menos dois jovens gays ficaram gravemente feridos após serem atacados por 30 aldeões na Armênia, região localizada entre o mar Negro e o mar Cáspio, no sul do Cáucaso. Segundo o portal “Gay Star News”, o ataque aconteceu na última sexta-feira (03/08), por volta das 20h, horário local.

O ativista pelos direitos da comunidade LGBT da Armênia, Hakobyan, fundador da Rainbow Armenia Initiative, informou que estava em sua residência bebendo na companhia de alguns amigos, quando bateram à porta, querendo falar com ele. Ao recusar a entrada do “visitante”, o agressor simplesmente invadiu a casa e começou a ameaçar todos os que estavam na sala.

“Ele começou a nos xingar e fazer ameaças. Decidimos deixar o local para despistar, e pela segurança da casa porque ele disse que estavam vindo outros aldeões para nos linchar”, contou o ativista, em pronunciamento à imprensa. Hakobyan declarou ainda que, após voltarem para a casa, tinham cerca de 30 pessoas à espera dele e seus amigos, gritando palavras homofóbicas e afirmando que “homossexuais não podem viver aqui”.

O ódio verbal se transformou em fúria e ganhou forma nos corpos dos jovens gays que foram violentamente agredidos pelos aldeões, sendo que dois deles foram parar no hospital. De acordo com o ativista, um dos agressores é o ex-prefeito da aldeia, Hakob Arshakyan. Além do viés homofóbico, ele suspeita que o ataque tenha motivação política, porque seu pai teria entrado com uma queixa por corrupção contra o ex-prefeito.

“É importante que as embaixadas da UE [União Europeia] e do Ocidente pressionem o governo da Armênia a incluir a comunidade LGBT nesta legislação, porque se eles não estiverem explicitamente na lei, eles serão banidos. E temo que aconteça a eles o mesmo que acontece em outras regiões do Cáucaso, como a Chechênia e o Azerbaijão”, afirmou o ativista, temendo o futuro dos LGBTs de seu país e dos países vizinhos.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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