Namoradas são agredidas em Londres após quatro homens exigirem que se beijassem

Duas namoradas sofreram um ataque homofóbico em um ônibus em Londres, na Inglaterra, e ficaram cobertas de sangue após apanhar de quatro rapazes. A violência foi relatada por umas delas uma semana depois em seu perfil no Facebook e teve mais de 11 mil compartilhamentos.

A comissária de bordo Melania Geymonat, de 28 anos, contou que um grupo de homens exigiu que ela beijasse sua namorada, identificada apenas como Chris, antes de desferir golpes nos rostos de ambas e de lhes roubar um celular e uma bolsa. De acordo com a polícia, as vítimas foram levadas a um hospital para tratar das lesões faciais. Segundo Melania, as ofensas começaram pouco depois que elas ocuparam seus lugares no segundo andar do ônibus. Os agressores iniciaram o ataque mandando que elas se beijassem, enquanto jogavam moedas na direção do casal e fazendo gestos ofensivos.

Em uma entrevista à BBC Radio 4, ela disse que já havia sofrido “muita violência verbal” mas nunca havia sido fisicamente agredida por causa de sua sexualidade. “Eles nos cercaram e começaram a dizer coisas muito agressivas, sobre posições sexuais e lésbicas, e dizendo que nós deveríamos nos beijar para eles assistirem”, conta Melania. “Eu até tentei fazer piada para aliviar a tensão, e Chris começou a agir como se estivesse passando mal, mas eles não pararam.”

“Eles começaram a jogar moedas. E de repente ela estava no meio do ônibus e eles estavam dando socos nela”, conta Chris. Então, imediatamente ela levantou e tentou puxar a namorada do meio dos homens, e eles começaram a socá-la. “Eu comecei a sangrar muito”, diz ela. Melania disse que os agressores ainda levaram uma bolsa e um celular delas antes de fugir. As duas foram levadas ao hospital para tratar dos ferimentos no rosto.

Melania disse que os homens tinham sotaque britânico e um deles falava espanhol. A empresa Metroline, que administra os ônibus, diz que há imagens de câmeras de segurança e que está cooperando com a polícia. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que o ataque é “nojento e misógino”. O líder trabalhista Jeremy Corbyn disse que o ataque foi “absolutamente chocante”. O secretário de saúde Matt Hancock disse que o caso é “terrível” e que “todo mundo tem direito ao amor”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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