Engenheira é vítima de transfobia durante live com políticos “cristãos conservadores”
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Felipe Sousa- 0
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Foto: Reprodução/Redes sociais
A engenheira de sistema Michelle Brea Soares, de 40 anos, foi alvo de de transfobia durante uma live com políticos e influencers cristãos na sexta (19/06). O caso gerou uma onda de indinção nas redes sociais, com muitos internautas pedindo justiça e respeito a Michelle, que é uma mulhe trans.
A live foi comandada por Samuel Zalton, que se autodefine como “cristão conservador“. Também participavam do “debate” a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL), a influencer evangélica Ingred Silveira, bem como o vereador mineiro Nikolas Ferreira (PRTB). Tudo começou quando Michelle foi convidada para falar sobre “identidade de gênero“. No entanto, durante a live, o que vimos é uma total falta de respeito com a engenheira, que em diversos momentos foi tratada no masculino pelos “cristões conservadores“.
“Na nossa religião não existe essa distinção de sexo e gênero. Então, com relação aos meus princípios, da maneira que levo minha vida, eu devo te tratar sem negar os meus princípios”, disse Samuel, mesmo com Michelle pedindo para que seu nome e gênero fossem respeitados. “O artigo quinto da constituição federal prevê a liberdade de pensamento e de expressão. Da mesma forma que ela prevê essa tua liberdade religiosa e direitos e deveres iguais entre todos os brasileiros. Só que o limite da liberdade de expressão é a lei. Quando você incorre criminalmente em algumas coisas por causa da sua fé, isso é um problema”, ressaltou a convidada. “Meu nome é Michelle“.
“A gente pode conversar no nível do respeito, ou na base da porrada. Eu gosto de conversar no nível do respeito, mas se você não consegue respeitar o meu gênero, a gente já começa difícil”, disse ela. Nas redes sociais, a hashtag #RespeitoporMichelle ficou entre um dos assuntos mais falados no Twitter. A engenheira agradeceu pelo apaoio. “Aquela live não me abalou, apenas me deu a oportunidade de mostrar como nós somos tratadas no Brasil. Só que dessa vez tinha uma câmera ligada e alguém que sabia se defender”, escreveu.
