Maria Lucas discute redes de afeto: “Pessoas cis te acolhem mas só outra pessoa trans te entende”
Conversamos com Maria Lucas no estúdio do Pheeno! A carioca de 33 anos é mulher trans, escritora, formada em Artes Cênicas e com mestrado em Crítica de Arte, e afirma que não quer ser somente dor: “Quando travesti é espancada isso dá manchete, mas a gente tem muita coisa boa para evidenciar”.
Maria se entendeu como travesti a partir da experiência da arte drag e revela que seu entorno também transicionou de alguma forma: “Perdi orientação no mestrado, perdi amizades, comecei a sofrer violência policial na entrada e saída da favela”. A escritora discute a importância do apoio de outras pessoas trans: “É importante uma rede efetiva e afetiva que me acolhe, que me empodere”.
Ela está no processo de escrever seu próximo livro, sobre as mudanças no seu corpo, e está com financiamento coletivo para a colocação de silicone!