Gay e bolsonarista, deputado Douglas Garcia pode perder mandato após ataque contra jornalista

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) informou, nesta quinta-feira (15/09), que oito representações já foram protocoladas contra Douglas Garcia (Republicanos) no Conselho de Ética. O parlamentar, que é gay e bolsonarista, é acusado de assediar a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, depois do debate entre candidatos ao governo paulista, na terça-feira (13/09).

Os membros que protocolaram a cassação do parlamentar foram: Emidio de Souza, Paulo Fiorilo (PT) e Marcia Lia (PT); Leci Brandão (PCdoB) e Isa Penna (PCdoB); Patrícia Bezerra (PSDB); Mônica Seixas (PSOL); Luiz Fernando (PT); Vinicius Camarinha (PSDB); e Carla Morando (PSDB). Segundo o site da Revista Oeste, Douglas deve receber uma notificação sobre os pedidos ainda nesta quinta (15/09). Em seguida, com base no protocolo da Alesp, ele terá cinco sessões legislativas para apresentar defesa prévia. Depois desse prazo, a presidente do Conselho de Ética, Maria Lucia Amary (PSDB), pode convocar reunião.

“Como presidente do Conselho de Ética da Assembleia de São Paulo, recebi agora há pouco uma representação contra o deputado Douglas Garcia pelas ofensas à jornalista Vera Magalhães, após o debate ao Governo do Estado. Estou imediatamente enviando para a autuação e notificação do deputado”, disse Amary na última quarta, pelas redes sociais.

O deputado, que é o único político gay assumido na Alesp, ofendeu Vera ao final do debate de candidatos ao governo de São Paulo da TV Cultura. Na confusão, ele foi cercado por seguranças, mas seguiu gravando o incidente. O bate-boca se estendeu até que o jornalista Leão Serva tomou o celular do político e arremessou o aparelho. Em seu perfil nas redes sociais, o parlamentar divulgou vídeo no qual negou ter agredido Vera. O deputado também disse ter registrado um Boletim de Ocorrência contra a apresentadora, alegando calúnia e difamação.

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