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Casal é agredido por vizinhos e denuncia homofobia em Belo Horizonte: “Vocês são umas bichinhas”

Um casal denuncia ter sido vítima de homofobia após um desentendimento com os vizinhos sobre uma obra no salão de beleza em que são proprietários, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte. A confusão ocorreu durante a noite de quarta-feira (25/01).

Victor Chagas, de 28 anos, e seu marido Leone Henrique da Rocha, de 26, dizem ter sido espancados com chutes e socos por dois homens que moram ao lado do espaço, que disseram estar insatisfeitos com o barulho do serviço que estava sendo realizado. “Ele (o vizinho) chegou aqui muito nervoso, começou a xingar o pedreiro. Aí eu disse que se ele estava insatisfeito com a obra, poderia ter me ligado e que a gente iria resolver como homens. Quando eu falei isso, ele questionou: Homens? Nem homens vocês são”, relata Victor. “Meu marido desceu na hora e ficou na minha frente. Ele falou (com o vizinho): ‘você está ficando doido?’. Aí (o vizinho) reforçou: ‘vocês são umas bichinhas’. E depois empurrou o meu marido”, completa ele.

Logo após o empurrão, o vizinho agrediu Leone com chutes e socos. O empresário teve um corte na face e outro ferimento no braço direito. Durante o conflito, o filho do vizinho, um jovem de 21 anos, foi em direção a Victor e começou a agredi-lo. “O filho dele entrou na discussão e veio direto pra cima de mim, começou a me agredir“, lembra. A discussão só foi contida quando os funcionários da obra separaram o casal dos vizinhos. A Polícia Militar foi acionada e levou os quatro envolvidos, o casal, o vizinho e o filho dele, para a Delegacia da Polícia Civil onde prestaram depoimento.

Ocorrência foi registrada pela Polícia Militar como lesão corporal, mas, de acordo com duas vítimas, o caso foi motivado por homofobia. “A gente não consegue entender o motivo dos policiais não colocarem o que ocorreu como homofobia“, questiona Victor. Nesta quinta-feira (26/01), ele e o marido irão ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar os exames de corpo de delito.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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