Jogadora foi obrigada a mostrar genitália para provar que não era homem

A ex-jogadora da seleção sueca, Nilla Fischer, revelou em sua autobiografia recém-lançada que ela e outras atletas precisaram mostrar o órgão genital para provar seu gênero na Copa do Mundo Feminina de 2011, na Alemanha. O absurdo aconteceu a pedido da confederação e o “exame” foi realizado por uma fisioterapeuta.

Nilla, que jogou pela Suécia nos mundiais de 2007, 2011, 2015 e 2019, afirma que todas as jogadoras se sentiam humilhadas com os “exames” e pensaram em se mobilizar negando mostrar os órgãos íntimos, mas por conta do medo de serem desclassificadas do torneio, aceitaram a realizar o teste de “confirmação de gênero”.

“Fomos informadas de que não deveríamos raspar lá embaixo nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico. Pensamos: ‘Por que somos forçadas a fazer isso agora? Deve ter outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo. Tem que fazer, não importa o quão doente e humilhante pareça”, disse Fischer.

Segundo declaração da atleta, a decisão de verificar as genitálias das jogadoras foi uma medida imposta pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), após uma polêmica com as atletas da seleção da Guiné Equatorial que dizia que, na época, havia homens fazendo parte do time, boato que jamais foi comprovado.

“Quando soube da exigência chocante, fiquei furiosa. Em meio a uma Copa do Mundo, a Fifa quer que mostremos nossas genitálias”, relatou Nilla na biografia. “O fisioterapeuta acena com a cabeça e diz: ‘Sim’, e então olha para o médico, que está de costas para a minha porta. Após inúmeras manifestações, a Fifa mudou suas políticas de reconhecimento de gênero em 2011.

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