Vladimir Putin promove ataques a sauna e clubes LGBTQ+ de Moscou após decisão judicial

Menos de 48 horas depois de o Supremo Tribunal russo ter declarado o “movimento social LGBT internacional” como um elemento “extremista”, a polícia e as forças de segurança invadiram pelo menos quatro estabelecimentos LGBTQIA+ em Moscou, segundo múltiplas fontes da comunicação social.

Um funcionário do bar gay da Estação Central disse que a polícia invadiu o Club Secret, o Mono Bar e o Hunters Party em Moscou, informou o grupo local SOTA em seu canal Telegram. Um quarto estabelecimento, uma sauna gay não identificada, também foi invadido, segundo a Novaya Gazeta. Vídeo postado nas redes sociais mostra forte presença policial fora de um dos locais.

As batidas policiais começaram por volta das 22h, e os locais receberam aviso prévio das operações e puderam alertar os clientes, informou o grupo local Caution também no Telegram. A polícia teria dito aos clientes que estavam procurando drogas. Na sauna, os clientes foram orientados a permanecer de bruços no chão durante a operação. Os clientes também tiveram seus passaportes e documentos de identificação fotografados antes de serem autorizados a sair.

O Supremo Tribunal russo concedeu no início desta semana um pedido do Ministério da Justiça do país para rotular o “movimento social LGBT internacional” como um elemento “extremista”. A decisão foi tomada a portas fechadas e demorou menos de quatro horas para os juízes tomarem a decisão.

Não foram comunicadas quaisquer detenções nas batidas recentes, mas ainda não está claro o que as autoridades farão com as informações pessoais obtidas durante as operações nos bares e sauna, e como as utilizarão para reprimir ainda mais a comunidade LGBTQIA+ no país.

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