Anvisa prorroga autorização emergencial de vacinas contra Mpox por seis meses

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a prorrogação da autorização emergencial para o uso das vacinas contra a Mpox Jynneos, da dinamarquesa Bavarian Nordic, e Imvanex, da alemã IDT Biologika GmbH, por mais seis meses. A decisão, publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira (27/08), estende a dispensa de registro por 180 dias, permitindo que o Ministério da Saúde importe as doses necessárias para conter o avanço da Mpox no Brasil.

A medida é essencial diante da dificuldade global de produção em larga escala dos imunizantes, o que tem levado a priorização de grupos mais vulneráveis, como profissionais de saúde, pessoas imunossuprimidas e indivíduos que tiveram contato direto com infectados.

O Ministério da Saúde, que já havia informado no dia 15 de agosto sobre a negociação de 25 mil doses junto à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), destacou a importância dessa prorrogação para garantir a proteção das populações em risco. Segundo a Anvisa, até o momento, não há submissão de protocolos de ensaios clínicos com vacinas ou medicamentos contra a Mpox a serem conduzidos no país, tampouco existe vacina registrada pela agência para essa finalidade. A situação ressalta a urgência em adotar medidas preventivas, especialmente em um cenário onde a disponibilidade das vacinas é limitada.

Além disso, a preocupação global aumenta com a detecção de uma nova variante da Mpox na República Democrática do Congo, que se mostrou significativamente mais mortal e agressiva do que a variante que afetou o Ocidente em 2022. Dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo indicam que 98% dos casos na cidade ocorreram em homens, o que reforça a necessidade de ações direcionadas para controlar a disseminação da doença em grupos específicos e evitar um agravamento da situação de saúde pública.