Mulher será indenizada em R$ 3 mil após chefe dizer que “ela era bonita para ser gay”

Uma empresa foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em Goiânia, por danos morais contra uma funcionária que sofreu humilhações e constrangimentos relacionados à sua orientação sexual. Segundo a decisão, emitida em 9 de julho deste ano, a chefe da funcionária afirmou que ela era “muito bonita para ser gay” e ameaçou demiti-la caso não atingisse as metas estabelecidas. O tribunal considerou o comportamento da superior hierárquica como discriminatório e inadequado para o ambiente de trabalho.

A funcionária relatou que os episódios de discriminação não foram pontuais, mas parte de uma sequência de humilhações que minaram sua autoestima e privacidade. A decisão destacou que o dano moral afeta diretamente a imagem, a honra e a dignidade da vítima, sendo o comentário homofóbico um agravante para justificar a condenação. A empresa foi condenada a pagar uma indenização de R$ 3 mil por tais danos, mas ainda cabe recurso da decisão.

O tribunal enfatizou que o tratamento discriminatório não atinge apenas a vítima, mas gera efeitos prejudiciais coletivos. Comentários que reforçam estereótipos, como o proferido pela chefe, são considerados uma ameaça à harmonia social e ao ambiente de trabalho, contribuindo para a exclusão social e o fortalecimento de preconceitos. A decisão, assim, reforça a necessidade de empresas promoverem um ambiente inclusivo e livre de discriminação.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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