Estudo revela que 20% dos homens heterossexuais assistem a pornô gay com frequência

Muitos não sabem, mas a pornografia gay não faz sucesso apenas entre homens gays. Uma pesquisa recente, publicada no Archives of Sexual Behavior, revelou que uma parcela considerável de homens heterossexuais também consome esse tipo de conteúdo. O estudo, que entrevistou 821 homens de diferentes orientações sexuais, mostrou que mais de 20% dos homens héteros afirmaram assistir pornô gay com frequência. Essa descoberta pode surpreender, mas ela aponta para uma curiosidade e diversidade de interesses no consumo de conteúdo adulto.

O estudo também trouxe à tona dados interessantes sobre o consumo de pornografia por outros grupos. Surpreendentemente, 55% dos homens gays entrevistados revelaram que assistem a pornô heterossexual, desafiando a ideia de que o conteúdo consumido está sempre relacionado à orientação sexual. A pesquisa ainda mostrou que todos os entrevistados haviam assistido a algum tipo de pornô nos últimos seis meses, com a maioria acessando o material pelo computador ou celular, embora alguns ainda optem por mídias mais tradicionais, como DVDs ou TV a cabo.

O que chama atenção é que, dentro dos conteúdos preferidos, há uma variedade impressionante de temas e fetiches, como bondage, sadomasoquismo, tortura e até sounding, uma prática de penetração de objetos na uretra. Segundo Ian Kerner, terapeuta sexual de Nova York, “o pornô que a pessoa assiste nem sempre está relacionado às suas preferências sexuais ou orientação”. Ele complementa afirmando que esse tipo de conteúdo serve como uma forma de explorar curiosidades e tabus sexuais.

A curiosidade masculina, em especial, é frequentemente mencionada como uma das motivações para assistir a conteúdos mais variados. Para Kerner, isso só se torna um problema quando está ligado a um conflito mais profundo na identidade do indivíduo, como no caso de homens gays não assumidos. “Geralmente, os homens são curiosos e estão em busca de alguma variedade”, afirma o terapeuta. “E isso só é um problema para o cara quando faz parte de um conflito erótico mais profundo, por exemplo, quando o homem é gay e não assumido, ou está lutando contra um aspecto de sua identidade”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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