Mulher trans é brutalmente agredida com golpes de facão por cliente em posto de gasolina no ES

Na última segunda-feira (13/01), Thaynnara Moreira, uma mulher trans de 29 anos, foi agredida com golpes de facão em um posto de gasolina no bairro Jardim Limoeiro, na Serra, Grande Vitória (ES). A violência ocorreu após o cliente se recusar a pagar pelo programa contratado, alegando problemas no PIX. Câmeras de segurança flagraram o agressor descendo do veículo, pegando a arma branca e atacando Thaynnara de forma brutal. A vítima foi retirada à força de dentro do carro, derrubada no chão e continuou sendo golpeada antes do homem fugir do local. Com informações do g1.

Mesmo gravemente ferida, Thaynnara conseguiu ligar para o irmão pedindo ajuda. Uma enfermeira que passava pelo local prestou os primeiros socorros e, com a demora da ambulância, o irmão e uma amiga decidiram levá-la ao Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves. Lá, foi diagnosticado que ela sofreu múltiplos ferimentos, incluindo crânio trincado, dedo quebrado e lesões no nervo e tendão da mão, necessitando de uma cirurgia. “Sinto muita dor de cabeça e tontura até hoje”, contou a jovem, que recebeu alta hospitalar na última segunda (20/01).

A vítima relatou que a agressão foi motivada pela recusa do cliente em pagar R$ 50, valor combinado pelo programa. Mesmo tentando encerrar a discussão, foi surpreendida com os ataques. “Eu nasci de novo. Quero justiça e vou correr atrás até o fim, porque eu quase morri”, desabafou Thaynnara, que agora enfrenta crises de síndrome do pânico, insônia e medo constante. Ela revelou que ainda não conseguiu registrar Boletim de Ocorrência (B.O.) devido ao trauma, mas está recebendo apoio de um fórum LGBTQIAPN+ e acompanhamento psicológico.

A Polícia Militar informou que recebeu um chamado sobre o caso, mas não encontrou a vítima no local. Já a Polícia Civil afirmou que só poderá iniciar a investigação após o registro do B.O. Thaynnara, que recentemente celebrou seu aniversário de 29 anos com um ensaio fotográfico, lamentou o impacto emocional da agressão: “Não consigo me olhar no espelho. Mas sou grata pela segunda chance.”

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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