Reconhecimento facial ajudará a identificar envolvidos no “surubão do Arpoador”

Agentes da 14ª DP (Leblon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro estão utilizando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens que participaram de uma orgia sexual na Pedra do Arpoador, na Zona Sul da cidade, durante o réveillon. O episódio, que começou na madrugada e se estendeu até o amanhecer, foi filmado e viralizou rapidamente nas redes sociais, sendo apelidado de “surubão do Arpoador”. Segundo o delegado Sandro Caldeira, responsável pelo caso, todos os envolvidos identificados serão convocados para prestar esclarecimentos.

As imagens da orgia, captadas por testemunhas e postadas em plataformas como X, Instagram e TikTok, estão sendo analisadas pelo Instituto de Identificação Félix Pacheco, que usa tecnologia fornecida pelo Detran para mapear os rostos. “Também fizemos diligências para recolher imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local”, explicou o delegado. Ele destacou que a prática de atos obscenos em locais públicos é crime, conforme o Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa.

Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, afirmou ao Globo que o sistema gera uma lista de até cem candidatos a partir de bancos de dados civis e criminais. Essa lista é analisada manualmente pelos peritos, resultando em um laudo com nomes conforme o grau de similaridade. “Diferentemente da Polícia Militar, que usa o reconhecimento facial de forma preventiva, a Polícia Civil emprega a tecnologia exclusivamente em investigações pós-crime”, destacou.

Os vídeos compartilhados nas redes sociais mostram nitidamente o rosto de pelo menos dez pessoas, além de detalhes como roupas, tatuagens e biótipos. Um outro vídeo, gravado de perto por um dos participantes e postado em um site pornô, revela ainda mais informações. O “surubão do Arpoador” ocorreu próximo à pista Skate Bowl, perto do Parque Garota de Ipanema, uma área já conhecida em guias gays como ponto de encontros ao ar livre. Desta vez, no entanto, a atividade se prolongou até a manhã, chamando a atenção de moradores e esportistas que frequentam o local.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!