Ativista trans Iza Potter é agredida após encontro em prédio onde mora em SP; agressor fugiu

Na manhã deste domingo (13/04), a ativista trans Iza Potter foi vítima de uma violenta agressão no prédio onde mora, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. As câmeras de segurança do local registraram o momento em que Iza tentava expulsar o agressor, que já havia saído do prédio, mas a puxou de volta pelo cabelo. A porta se fechou, impedindo a visualização completa do ataque, mas imagens mostram o homem desferindo socos no rosto de Iza, que resistiu segurando-se na porta com as pernas. A situação só foi interrompida quando vizinhos ouviram seus gritos de socorro e intervieram.

Em relato nas redes sociais, Iza contou que conheceu o homem ao voltar de um evento e o convidou para ir ao seu apartamento, onde mantiveram uma relação sexual. No entanto, após o ato, ele se recusou a sair e a acusou de furto, tornando-se violento. “Fui vítima de transfobia. É isso. A transfobia não é só sobre não gostar de pessoas trans, é também sobre se relacionar com pessoas trans e depois bater”, desabafou.

A ativista ainda criticou a demora na contenção do agressor: “O cara ainda ficou lá dentro por um tempo. A gente chamou a polícia, e eu fui subir para me organizar, porque ele tinha feito isso comigo. No momento em que o pessoal chamava a polícia, ele ainda estava dentro do prédio. Ninguém o segurou. E era viável que as pessoas que estavam lá, que eram homens, o contivessem até a chegada da polícia. Mas deixaram o agressor fugir“.

O caso foi registrado como lesão corporal no 78º DP (Jardins), e Iza passou por exames no IML. A Polícia Militar foi acionada, mas o homem fugiu antes da chegada dos agentes. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a vítima foi orientada sobre os procedimentos para representar criminalmente contra o agressor, que segue não identificado. Iz destacou a importância de denunciar casos como o seu: “É uma situação muito pesada. Passei pelo médico, passei pela delegacia. Agora estou no IML, mais inchada”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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