Falha grave em aplicativo gay de pegação expõe fotos, mensagens e status de HIV de usuários

Um grave vazamento de dados no aplicativo de namoro gay Gay Daddy foi revelado pelo Cybernews, expondo informações privadas de milhares de usuários. O app, que se promove como uma “comunidade privada e anônima” para homens gays e bissexuais com 40 anos ou mais, vazou pelo menos 50.000 perfis, 124.000 fotos e mensagens, além de dados sensíveis como status de HIV. Tudo isso foi compartilhado indevidamente com o Firebase, plataforma do Google usada para armazenamento e autenticação.

O pesquisador de segurança Aras Nazarovas alertou: “Os usuários esperam discrição, mas o aplicativo fez exatamente o oposto.” Segundo a investigação, devido a uma configuração incorreta de segurança, qualquer pessoa com conhecimento técnico poderia acessar dados como mensagens privadas, localizações, nomes, idades e até informações médicas dos usuários. O Gay Daddy não se pronunciou sobre o caso, mas a falha foi corrigida após o alerta do Cybernews. Antes disso, no entanto, as informações já estavam expostas em texto simples, representando um risco enorme para a privacidade e segurança dos usuários. Nazarovas destacou que o vazamento pode facilitar ataques cibernéticos, chantagens e até violência física, especialmente em países onde a homossexualidade é criminalizada.

Esta não é a primeira vez que um aplicativo gay sofre com falhas de segurança. Em 2022, o Grindr foi processado por compartilhar dados de saúde de usuários sem consentimento. Em 2021, o Manhunt teve 11% de seus perfis vazados, incluindo e-mails e senhas. Já em 2019, o Jack’d permitia que qualquer pessoa visualizasse conversas e fotos privadas devido a uma brecha. Esses casos revelam um padrão preocupante: plataformas que prometem privacidade falham em proteger seus usuários, muitas vezes marginalizados.