Ex-stripper australiano troca festas e palcos por retiro espiritual em mosteiro na Tailândia

Depois de mais de uma década atuando como stripper em festas e palcos do Reino Unido, o australiano Ashley Edelman decidiu dar uma guinada radical em sua vida e abraçar a espiritualidade. Em entrevista ao site Newsweek, Ashley revelou que trocou o universo do entretenimento adulto por uma rotina de silêncio, meditação e autoconhecimento em um mosteiro na cidade de Chiang Mai, na Tailândia. A jornada, que começou após um colapso pessoal, representa um novo capítulo para quem viveu intensamente entre fisiculturismo, drogas e performances.

Aos 22 anos, recém-saído do Exército australiano, Ashley viajou para o Reino Unido incentivado pelos pais, mas acabou tomando um rumo inesperado ao iniciar sua carreira de stripper em Cornwall. Inicialmente escondida da família, a nova ocupação veio à tona após uma foto de uma apresentação circular nas redes sociais. “Ela não ficou brava, apenas decepcionada. Isso doeu”, relembra sobre a reação da mãe. Com o tempo, Ashley passou a integrar um dos maiores shows itinerantes de striptease do país, ganhando destaque por sua performance artística e profissionalismo — a ponto de ter os próprios pais na plateia.

Apesar do sucesso, a vida nos bastidores era turbulenta. O envolvimento com esteroides, cocaína e maconha se intensificou, levando-o ao limite. Em 2018, ele deixou os palcos e, após uma breve tentativa de retorno em 2022, percebeu que aquele ciclo havia se encerrado. “Senti que estava vendendo minha alma”, contou. A verdadeira virada veio em setembro de 2024, quando participou de um retiro de 30 dias em um mosteiro voltado para ocidentais. A rotina rigorosa — que incluía acordar às 4h da manhã, meditações, cantos e tarefas comunitárias — despertou visões que o impulsionaram a mudar-se para Dubai, onde hoje atua como terapeuta de respiração e coach.

Com mais de 150 mil seguidores no Instagram, Ashley agora compartilha sua transformação com o mundo. Após um período afastado das redes sociais, ele voltou com a missão de inspirar outras pessoas que enfrentam crises existenciais. “Vivo sem resistência. Me sinto calmo, centrado e consciente como nunca imaginei ser possível”, declarou. Apesar de manter laços com o mosteiro e planejar visitas anuais, ele afirma que sua missão vai além da vida monástica. “Minha missão não é me servir, mas servir aos outros.”

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!