Jogadores de hóquei usam meias arco-íris para apoiar atleta gay durante o Mês do Orgulho

Em um gesto emocionante de apoio e inclusão, os jogadores da seleção australiana de hóquei entraram em campo usando meias com as cores do arco-íris para celebrar o Mês do Orgulho e prestar solidariedade a Davis Atkin, atleta abertamente gay da equipe. A homenagem aconteceu durante a vitória por 4 a 3 sobre a Inglaterra na FIH Pro League, no último sábado (21/06), e viralizou após uma foto ser publicada no Instagram do time, revelando todos os jogadores usando o item simbólico do movimento LGBTQIAPN+.

Davis Atkin, de 24 anos, revelou que foi acidentalmente tirado do armário em 2021, quando um psicólogo da equipe universitária mencionou sua orientação sexual ao treinador da Universidade de Canberra. Em entrevista ao site Outsports, o meio-campista relembrou esse período como um momento de profunda vulnerabilidade: “No ano passado, eu estava em um lugar muito sombrio.” Desde então, Atkin já defendeu os Kookaburras — apelido da seleção australiana — em 20 partidas, se tornando uma das vozes LGBTQIAPN+ mais inspiradoras no esporte de alto rendimento.

Segundo Atkin, o apoio dos colegas de equipe tem sido fundamental: “Eu disse aos meninos esta manhã que realmente aprecio que todos sejam tão inclusivos quanto eles, e isso foi tão simples quanto usar meias. Isso abre caminho para que outras pessoas sigam essa jornada como atletas de alto desempenho.” Ele ainda destacou a importância da representatividade, especialmente para jovens que buscam referências: “Se eu tivesse crescido e visto meus heróis correndo com meias de arco-íris, isso teria sido imenso, me mostrando que as pessoas do nível mais alto são como eu.”

A simbologia das meias teve ainda mais impacto quando Atkin publicou uma imagem com uma bandeira do Orgulho nos ombros e escreveu: “Poder correr em campo com meias do Orgulho juntos como um time foi algo verdadeiramente especial. A inclusão, o apoio e a alegria neste grupo fizeram tudo parecer surreal. Você não pode ser o que não pode ver, e até mesmo algo tão simples como meias de arco-íris pode ser um sinal poderoso para alguém de que ele é visto, válido e pertence.”

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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