Acusado de esquartejar casal gay, ator pornô diz ter matado um deles por legítima defesa

O ator pornô colombiano Yostin Andres Mosquera, de 35 anos, prestou depoimento nesta semana no tribunal Woolwich Crown Court, em Londres, onde é acusado de matar brutalmente um casal gay britânico. O crime, que chocou o Reino Unido em julho do ano passado, envolveu o assassinato de Albert Alfonso, de 62 anos, e Paul Longworth, de 71, cujos corpos esquartejados foram encontrados em malas abandonadas na ponte Clifton Suspension Bridge, em Bristol. Partes dos corpos, incluindo as cabeças, foram posteriormente localizadas em um freezer na casa do casal, em Shepherd’s Bush, zona oeste da capital inglesa.

Durante o depoimento, Mosquera relatou ter esfaqueado repetidamente Albert Alfonso após testemunhar, segundo ele, o assassinato de Paul Longworth com golpes de martelo. “Eu temia que ele fizesse comigo o mesmo que havia feito com Paul”, afirmou o colombiano à corte. O ator, que utilizava apelidos sugestivos em sites de encontros, havia conhecido Alfonso online. Ele declarou que agiu em legítima defesa, tomado pelo medo de também ser morto.

O acusado, que estava no Reino Unido para estudar inglês e participar de práticas sexuais, disse ainda que os encontros com Alfonso eram frequentemente gravados e publicados na internet. No entanto, negou ter matado Longworth, atribuindo o crime e o esquartejamento ao próprio Alfonso. Mosquera admite apenas o assassinato de Alfonso, mas insiste que não tinha a intenção de matá-lo. “Eu vi o corpo de Paul e então cortei o de Albert. Não sei o momento exato, mas fiz isso depois de ver Paul”, declarou.

Durante o interrogatório, a promotora Heer confrontou Mosquera, questionando a escolha de esfaquear Alfonso no pescoço — região potencialmente letal — e o acusou de mentir à polícia e ao júri. “Você sabe que se continuar esfaqueando alguém no pescoço, é provável que o mate, concorda?”, perguntou a promotora. “Sim”, respondeu o réu, que justificou o silêncio durante os interrogatórios alegando orientação de seus advogados. O caso segue em julgamento.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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