Erika Hilton sofre novas ameaças, tem dados vazados e busca proteção da PF: “Não recuarei”
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pretende se reunir ainda nesta semana com o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para tratar das ameaças de morte e ataques que vem sofrendo nas redes sociais. Segundo apurado pela CNN, a parlamentar encaminhou ofício solicitando a abertura de inquérito, medidas de proteção e um canal direto com as autoridades.
De acordo com o documento, a violência virtual contra ela não se limita a ofensas pessoais. “Trata-se de um atentado à integridade física, psíquica e moral, além de uma tentativa de impedir o livre exercício da atividade parlamentar”, aponta o texto. A assessoria de Hilton informou que especialistas em segurança digital identificaram o vazamento de dados pessoais sensíveis da deputada, que agora circulam em fóruns on-line conhecidos por abrigar conteúdos ilegais como apologia ao nazismo e po****rafia infantil. “As novas ameaças se somam a outras ameaças realizadas nos últimos anos. Algumas delas, diretamente contra seus familiares”, afirma a equipe da parlamentar.
Além das ameaças, um dos perfis responsáveis por disseminar ataques no X (antigo Twitter) estaria lucrando com o conteúdo. A publicação com ofensas contra Erika foi amplamente replicada por outras contas, potencializando o alcance do discurso de ódio. A equipe jurídica da deputada já atua na identificação e responsabilização dos envolvidos.
“Dados sensíveis foram vazados em um fórum criminoso, conhecido por distribuir pornogrfia infantl, material neonaz*sta, extremista, incel e outros conteúdos abjetos, conforme detectado por especialistas em segurança digital e monitoramento dessas ameaças. (…) Se um pouco mais de desumanização e de caricaturização por um jornalzinho ou outro já são o suficiente para a extrema-direita vazar meus dados e falar abertamente em me matar (…), isso será divulgado”, denunciou Erika nas redes sociais.
Apesar de contar com segurança pessoal em “nível máximo”, segundo a assessoria, os novos ataques exigem atenção redobrada. Erika, que já havia registrado boletins de ocorrência anteriormente, também deve se reunir com o Ministério da Justiça nos próximos dias.