Psicólogo é achado morto com sinais de violência no em Manaus; família suspeita de homofobia
O psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão, de 41 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21/07) em um terreno de mata nos fundos do antigo prédio da cadeia Raimundo Vidal Pessoa, localizado na Avenida Lourenço da Silva Braga, no Centro de Manaus.
Desaparecido desde a madrugada de domingo (20), Manoel foi visto pela última vez por volta das 6h15, quando câmeras de segurança registraram o momento em que ele passa por uma lanchonete e atravessa a rua após sair de uma festa junina. O corpo foi localizado por um catador de latinhas, debaixo de uma árvore, em uma área de difícil acesso.
A Polícia Militar isolou a área e equipes do Samu confirmaram o óbito no local. De acordo com informações preliminares da perícia, o corpo apresentava sinais de estrangulamento e marcas de mordidas, embora a causa oficial da morte só será confirmada após exame de necropsia. Familiares compareceram à cena do crime e relataram ter chegado até o local após conversa com um morador de rua. “Eu não queria acreditar que era ele, mas era. Só quero justiça, porque mataram meu irmão”, declarou Catarina da Silva, irmã da vítima.
Segundo Catarina, Manoel era gay e a família não descarta a possibilidade de crime motivado por homofobia. Também se considera a hipótese de latrocínio, já que ele estaria apenas com o celular na hora do desaparecimento e, segundo a irmã, “com certeza ele não tinha dinheiro para dar, porque ele não estava com dinheiro”. O caso agora será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que ainda não divulgou informações sobre suspeitos ou possíveis linhas de investigação.