Sob pressão de Trump, universidade exclui vitórias de nadadora trans e pede desculpas às atletas cis
A Universidade da Pensilvânia (UPenn) voltou atrás e decidiu retirar os títulos de natação conquistados por Lia Thomas, mulher trans que competiu em campeonatos femininos da Ivy League. A medida vem após pressão direta do governo de Donald Trump e uma investigação do Escritório de Direitos Civis (OCR) do Departamento de Educação dos Estados Unidos.
Em nota oficial, a universidade pediu desculpas às atletas cisgênero que foram superadas por Lia e afirmou que violou o Título IX ao “permitir que um homem competisse em programas esportivos femininos e ocupasse instalações íntimas exclusivas para mulheres”.
A decisão marca mais um capítulo da ofensiva conservadora contra a presença de pessoas trans no esporte. Segundo a Secretária de Educação, Linda McMahon, “o acordo de resolução de hoje com a UPenn é mais um exemplo do efeito Trump em ação”. Ela celebrou o recuo da instituição e atribuiu o desfecho à “liderança do Presidente Trump”, que teria sido determinante para que a universidade “garantisse que o esporte feminino seja protegido para as futuras gerações de atletas femininas”.
Como parte do acordo, a UPenn se comprometeu a adotar definições estritamente biológicas para os termos “masculino” e “feminino” dentro da aplicação do Título IX, uma lei que proíbe discriminação com base em sexo em instituições educacionais que recebem recursos federais. Isso significa que apenas pessoas designadas mulheres ao nascer poderão competir em esportes femininos ou utilizar vestiários exclusivos para mulheres na universidade.