Bastidores do Exército: ex-fuzileiro americano revela detalhes de encontros íntimos entre militares

Servir no exército é, para muitos, sinônimo de disciplina, treino pesado e hierarquia rígida. Mas para Nathan, nova-iorquino que ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, aos 21 anos, o serviço militar também foi palco de experiências que fogem completamente do que se vê nos manuais de treinamento. Em entrevista ao Gay Pop Buzz, ele abre o jogo sobre os encontros íntimos que teve com outros homens enquanto cumpria sua missão.

Nathan conta que, embora alguns colegas fossem gays assumidos, muitos apenas exploravam sua curiosidade sexual. “Para ser completamente honesto, vários eram gays, assim como eu. Mas a maioria provavelmente estava curiosa, mais inclinada ao lado hétero”, explica. Ele ressalta que esses relacionamentos só aconteciam após a construção de uma amizade sólida e confiança mútua, muitas vezes ao longo de semanas de trabalho conjunto em situações de total isolamento, como dentro de caminhões-tanque durante as diversas operações militares.

Um dos episódios mais memoráveis envolveu Brett e um colega de farda casado. “Eu era gay e mentia sobre isso. Ele, por sua vez, não precisava mentir porque tinha uma esposa e um filho de verdade”, conta. Entre longas horas de missão sozinhos, conversando sobre tudo, a conversa acabou se tornando algo mais íntimo. “Ele me contou que sua esposa não era muito boa no sexo oral”, lembra Nathan. A partir daí, os dois iniciaram uma relação sexual contínua, sem beijos. “Acho que se tivéssemos feito isso, o movimento dos lábios teria deixado tudo ‘gay'”, diz ele.

Algumas semanas depois, os rapazes receberam novas tarefas e o bromance terminou. Nathan conta que ficou com outros três ou quatro caras depois disso. Hoje, Nathan é felizmente casado com um homem, mas lembra de Brett como seu “companheiro de caminhonete” especial. “A sexualidade é muito mais complexa do que preto e branco”, reflete. Pelo que acompanhou online, Brett retomou a vida civil e familiar normalmente, sem constrangimentos ou julgamentos sobre o que viveram juntos no exército. Para Nathan, essas experiências revelam um lado pouco comentado do serviço militar: um espaço de desejos reprimidos, curiosidade e conexões inesperadas entre homens que convivem sob a mesma farda.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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