Encontro marcado termina em emboscada: jovem trans é espancada e estuprada na Barra da Tijuca
Um crime de extrema violência envolvendo uma jovem trans de 20 anos, Aurora Celeste, chocou o Rio de Janeiro na última sexta-feira, 26 de setembro. A denúncia foi feita pelo perfil no Instagram de Mariângela Nassif, que trouxe à tona os detalhes do ataque, que ocorreu na Barra da Tijuca e deixou a vítima gravemente ferida. A situação rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais e chamou a atenção de políticos, incluindo a deputada federal Erika Hilton, que comentou o caso afirmando que “a transfobia é crime, é cruel, fere, mata e não pode mais ser tolerada”.
Aurora relata que estava em conversa com um homem, identificado apenas como Bruno, que afirmou morar na Barra da Tijuca. Ele teria combinado de enviar um motorista de aplicativo para buscá-la no Jardim Guanabara, onde ela mora, por volta das 23h40, para que pudessem se encontrar pessoalmente. No entanto, ao desembarcar, três homens a aguardavam. Segundo relato da própria vítima, eles furtaram seu celular para impedir rastreamento, espancaram e estupraram Aurora, quebraram uma garrafa e atingiram sua cabeça, antes de abandoná-la desmaiada na rua.
Nas redes sociais, o caso gerou solidariedade imediata e mobilização por justiça. Erika Hilton declarou que seu mandato entrará em contato com Aurora e acionará as autoridades competentes para que os culpados sejam responsabilizados. Amigos, familiares, militantes e ativistas também pedem que qualquer informação sobre o paradeiro dos agressores seja comunicada às autoridades.
O Pheeno entrou em contato com Aurora Celeste para ouvir sua versão sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta matéria ela não havia retornado. Entendemos a gravidade e delicadeza da situação e deixamos o espaço aberto para que Aurora possa se manifestar quando se sentir segura para isso.