Lorde fala sobre sua relação com gênero: “Sou mulher, exceto pelos dias em que sou homem”
Após o lançamento de seu quarto álbum de estúdio, Virgin, em junho, a cantora neozelandesa Lorde tem se mostrado mais aberta do que nunca sobre sua relação com gênero e corpo. O trabalho serve como uma saída artística para a cantora explorar a fluidez de sua identidade, refletindo sobre feminilidade, masculinidade e o espaço entre os dois.
No videoclipe de “Man of the Year” (“Homem do Ano”), por exemplo, Lorde aparece amarrando o peito, enquanto em “Hammer” canta: “Alguns dias sou uma mulher, alguns dias sou um homem”, deixando claro que seu processo de autoconhecimento passa pela experimentação e liberdade de expressão.
Em recente entrevista ao Le Monde, a artista, cujo nome verdadeiro é Ella Marija Lani Yelich-O’Connor, revelou momentos decisivos em sua percepção sobre gênero: “Nunca me senti mulher até os 26 anos, lembro-me daquele dia”. “Minha mãe era meio andrógina e me mostrou muito David Bowie, Grace Jones. Eu entendi que isso era uma fonte de poder e vi o quão perigoso às vezes era ser mulher. Então, decidi que, se vou ser mulher, quero ser exatamente o tipo de mulher que preciso ser. Parte disso é, às vezes, ser homem”, completou a artista de 28 anos.
A cantora também comentou como a androginia influencia sua visão de identidade feminina e como ela se sente confortável em ocupar um espaço intermediário entre os gêneros. Nos últimos meses, em declarações à Rolling Stone, Lorde disse: “Sou uma mulher, exceto pelos dias em que sou homem”, evidenciando que sua identidade de gênero está em constante expansão e questionamento.