Polícia indicia seis suspeitos de agressão homofóbica a fotógrafo em Bauru

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, em São Paulo, concluiu o inquérito sobre a agressão sofrida pelo fotógrafo Bruno Unikowsky Rangel, de 34 anos, em julho de 2025. Seis pessoas foram indiciadas pelos crimes de lesão corporal e injúria qualificada por preconceito, de acordo com informações divulgadas pelo portal g1.

O relatório da polícia foi encaminhado ao Ministério Público nesta terça-feira (02/09), mas nenhum dos envolvidos teve a prisão solicitada. Segundo o delegado responsável pelo caso, Clédson Luís do Nascimento, a hipótese de latrocínio, que constava no boletim de ocorrência, foi descartada, já que os pertences de Bruno foram encontrados no local e devolvidos à recepção da boate.

O ataque ocorreu na madrugada de 14 de julho, na Avenida Getúlio Vargas, em Bauru, pouco depois de Bruno deixar uma casa noturna. De acordo com o inquérito, a motivação da agressão foi homofóbica. Testemunhas registraram imagens do tumulto na calçada, mostrando várias pessoas correndo enquanto um grupo cercava o fotógrafo e iniciava as agressões. Bruno relatou à polícia que havia sido alvo de insultos homofóbicos vindos de ocupantes de uma caminhonete parada em frente à boate.

Ao tentar recuperar objetos pessoais levados por um dos agressores, Bruno foi espancado com socos e chutes, sofrendo luxação em duas costelas, lesões na mão e outros ferimentos pelo corpo. Durante a confusão, o fotógrafo conseguiu arrancar a placa do veículo utilizado pelos agressores, que seria de Marília, interior de São Paulo, e entregou o item à polícia. As imagens das agressões circulam nas redes sociais e reforçam a gravidade do ataque motivado por preconceito.