RJ: Deputados visitam sede do Grupo Arco-Íris e reforçam importância de manter ONG na Rua da Carioca

Na tarde da última quinta-feira (11/09), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) realizou uma diligência no imóvel da Rua da Carioca, 45, no Centro do Rio, atual sede do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+. O espaço, cedido oficialmente pelo governo estadual em 2021, foi listado em um Projeto de Lei que prevê o leilão de imóveis públicos para arrecadação de recursos, o que acendeu um alerta na comunidade e em apoiadores da ONG.

A visita contou com a presença dos deputados Alexandre Knoploch (PL), Carlos Minc (PSB), Flávio Serafini (PSOL) e Professor Josemar (PSOL), além de representantes do Grupo Arco-Íris e cerca de 100 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ e aliados. Durante a diligência, os parlamentares ressaltaram a importância social e cultural do trabalho desenvolvido no local e reconheceram a necessidade de garantir a permanência da instituição no imóvel.

De um prédio em ruínas, abandonado por quase duas décadas, a sede foi transformada em um polo de acolhimento, cultura e cidadania. Hoje, abriga serviços de apoio social, psicológico e jurídico, atividades culturais e de capacitação profissional, além de programas de saúde voltados à população LGBTQIAPN+, especialmente pessoas em situação de vulnerabilidade. No próximo mês, em parceria com o Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), será inaugurada no espaço uma clínica de testagem e prevenção de ISTs, incluindo HIV/Aids.

Ao final da visita, a vice-presidente da ONG, Patrícia Esteves, entregou à comissão um relatório detalhado das ações desenvolvidas pela entidade. Já o presidente Cláudio Nascimento destacou que a mobilização é prova do valor da sede: “estamos falando de uma casa viva, que devolve serviços e dignidade para a sociedade. Nossa esperança é que essa história de acolhimento e inclusão siga no mesmo endereço”. Os deputados reconheceram que o uso atual do imóvel é plenamente produtivo e a expectativa agora é que a ALERJ encaminhe uma solução que assegure a continuidade do Grupo Arco-Íris no espaço.