“Lesbian Oil Wrestling”: a luta de óleo sáfica que virou ritual de liberdade, desejo e diversão entre mulheres
Imagine uma pista de dança se transformando em ringue, as luzes baixas, um tubo de óleo vegetal espelhando o reflexo de corpos ousados e o grito de “Lez get physical!” ecoando pelo salão. É esse o clima do evento que começou em Toronto e ganhou força em Nova York — com edições no Brooklyn — e em Los Angeles. Um encontro criado por e para mulheres, onde o corpo é expressão, autonomia e pura curtição.
Chamado oficialmente de “Lesbian Oil Wrestling” — ou “luta de óleo sáfica” — o evento mistura competição performática, humor e sensualidade. Duas mulheres entram em uma piscina rasa cheia de óleo e se enfrentam sob gritos e aplausos do público. O resultado é uma cena intensa, divertida e provocante, que transforma o ringue em um território de poder feminino.
Sob a batuta da produtora e performer Zhané Stimpson, o Lez Get Physical uniu dois fatores irresistíveis: força e festa. No lugar de socos ou golpes agressivos, o que vale é a entrega — “quanto mais escorregadio, melhor”, brincam as organizadoras. Entre quedas, gargalhadas e olhares afiados, a luta vira um show à parte — uma mistura de flerte, disputa e suor.
A última edição rolou neste mês de outubro, em Los Angeles, e reuniu uma multidão de mulheres que transformaram o evento em um verdadeiro ritual de autonomia, desejo e diversão. Sem firula, sem fantasia: só corpo, energia e presença.
O que começou como uma produção independente já virou tradição — cada edição atrai novas participantes e espectadoras, criando um espaço de pertencimento onde mulheres celebram outras mulheres, sem filtro, sem pudor e sem precisar performar pra ninguém.
E convenhamos: se o evento já passou por Toronto, Nova York e Los Angeles, o que tá faltando pra gente ver uma edição Rio de Janeiro, Brasil — com cerveja gelada, pagode, música alta e muita sapataria no ringue?







