Perfume para “ativo fora do meio” e “passiva pintosa”? Vídeo de Yasmin Brunet gera polêmica e debate sobre pink money

A modelo e influenciadora Yasmin Brunet se envolveu em uma polêmica nas redes sociais após divulgar dois perfumes que seriam direcionados ao público LGBTQIA+. Em um vídeo que viralizou, ela afirmou que um seria para “ativo fora do meio e discreto” e o outro para “passiva pintosa”. A fala gerou críticas imediatas de internautas, que apontaram a estratégia como estereotipada e reducionista.

As expressões usadas por Yasmin remetem a papéis sexuais e a estereótipos muito comuns dentro e fora da comunidade LGBTQIA+. Para críticos, atrelar perfumes a esses rótulos não apenas simplifica vivências diversas, como também reforça preconceitos históricos que a comunidade há anos tenta desconstruir.

Yasmin, que não se identifica como parte da comunidade LGBTQIA+, também foi acusada de praticar o chamado pink money — expressão usada para criticar marcas e figuras públicas que lucram com pautas da diversidade sem representarem ou contribuírem de fato com a luta por direitos e inclusão. “É brincar com estereótipos para vender, como se a vivência gay pudesse ser resumida a uma posição sexual”, comentou um usuário no X (antigo Twitter).

A polêmica reacendeu a discussão sobre até onde figuras públicas podem ir quando decidem falar em nome da diversidade. O marketing que reduz pessoas a caricaturas, em vez de celebrá-las em sua pluralidade, pode até gerar engajamento imediato — mas também perpetua preconceitos e afasta consumidores.

A linha entre celebrar e explorar a comunidade é fina — e Yasmin Brunet acaba de reacender esse debate.

E você, compraria um perfume para “ativo fora do meio” ou “passiva pintosa”?

Thiago Araujo

Thiago Araujo é editor-chefe e criador do Pheeno! Referência no cenário pop LGBTQIA+ nacional, o carioca de 30 anos é jornalista e empresário do ramo do entretenimento, além de agitar as pistas como DJ mundo afora!

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