Polícia investiga estupro e espancamento de jovem trans em apartamento na Zona Oeste do Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura a denúncia de agressão e estupro contra a jovem trans Aurora Celeste Santos Silva, de 20 anos, ocorrida na madrugada do último sábado (27/09). A vítima relatou que marcou um encontro com um homem que conheceu por aplicativo de relacionamento e foi levada até um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. No local, ela teria sido espancada e abusada sexualmente por ele e por outros dois homens que chegaram em seguida. O caso foi registrado como estupro e lesão corporal na 37ª DP (Ilha do Governador).

Segundo familiares, Aurora foi encontrada por volta das 3h da manhã, desorientada, ensanguentada e abandonada em via pública na Barra. Uma pessoa que passava ajudou a colocá-la em um ônibus, permitindo que conseguisse voltar até a Ilha do Governador, onde mora com a família. A jovem foi levada ao Hospital Evandro Freire, onde recebeu atendimento médico e realizou exames.

Aurora contou à polícia que conversava com o suspeito, identificado apenas como Bruno, empresário de 56 anos, há cerca de duas semanas. Na noite anterior ao crime, ele a teria convidado para uma festa em seu apartamento e enviado um carro por aplicativo para buscá-la. Aurora relatou que, ao chegar no imóvel, teve o celular tomado pelo suspeito. Inicialmente, a relação entre os dois teria ocorrido de forma consensual, mas a situação mudou após a chegada de outros dois homens no local. A partir desse momento, a jovem disse ter sido brutalmente agredida, abusada sexualmente e abandonada em via pública, com diversos ferimentos pelo corpo e um corte profundo na cabeça.

A madrinha da vítima, Mariangela Nassife, disse estar indignada e teme que outras mulheres trans também possam ter sido alvos do agressor. “Assim como ele fez isso com a Aurora, pode ter feito com outras meninas trans. Estamos indignados. Isso é transfobia, racismo, tentativa de homicídio. Queremos justiça”, afirmou. O caso está sendo acompanhado pelo Programa Estadual Rio Sem LGBTIfobia.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!