Trump manda soltar George Santos, ex-deputado condenado a 7 anos de prisão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, libertou dia 17 de outubro o ex-deputado George Santos, protagonista de uma das trajetórias mais escandalosas da política recente. Condenado a mais de sete anos de prisão por fraude financeira e roubo de identidade por um tribunal federal em Nova York, ele cumpriu apenas 84 dias atrás das grades até ser beneficiado por um ato de clemência presidencial. Na justificativa, Trump disse que Santos foi “horrivelmente maltratado” e que sua pena era “desproporcional”.

A libertação reacendeu o interesse pela figura de Santos, que já havia ganhado notoriedade mundial não só pelas mentiras em série, mas também pela revelação de que, na juventude, se apresentava como drag queen no Rio de Janeiro sob o nome Kitara Ravache. O contraste entre o político conservador e sua vivência na cena LGBTQ+ brasileira virou meme internacional e marcou para sempre sua imagem pública.

Nascido em Nova York em 1988, filho de brasileiros e com passagem pela cidade de Niterói, Santos construiu sua carreira em cima de um currículo falso: inventou diplomas, empregos e até a origem da família. Em 2022, conseguiu se eleger deputado federal em Nova York, mas logo depois foi desmascarado.

Mesmo sendo gay assumido, Santos abraçou pautas da extrema-direita nos EUA, apoiando propostas que limitavam a discussão sobre diversidade em escolas e chegando a declarar que famílias LGBTQ+ “enfraquecem a sociedade”. Agora, após deixar a prisão, ele afirmou que pretende lançar um livro relatando sua experiência e sua trajetória política.

No fim das contas, quem tem amigo na Casa Branca tem tudo, né?