Agressora tenta fugir, mas acaba presa após ataque homofóbico e racista no Global Citizen em Belém

O que era para ser uma noite de celebração e música no Global Citizen, no estádio Mangueirão, em Belém, terminou em revolta e indignação após um grave caso de homofobia e racismo. No último sábado (2), durante o evento, dois homens foram alvo de agressões físicas e verbais por parte de uma mulher branca que, segundo relato publicado no “X”, teria iniciado o ataque após se recusar a liberar uma cadeira para o grupo. O episódio, compartilhado pelo usuário @mh__junior, rapidamente ganhou repercussão nas redes.

De acordo com o relato, a confusão começou quando um dos jovens, de maneira educada, tirou os pés da mulher de uma cadeira e se sentou. A reação dela, no entanto, foi imediata e violenta: tapas, empurrões e ofensas homofóbicas, com xingamentos como “viad*n**”, seguidos por ataques racistas direcionados ao amigo da vítima, um homem negro. A situação intensificou-se quando a agressora gritou frases como “é por isso que a tua raça tem que morrer” e “viado tem que morrer mesmo”.

A equipe de segurança do evento foi acionada e conseguiu localizar a agressora, que tentava deixar o local. Conduzida até o posto da Polícia Civil do Torcedor, instalado dentro do estádio, ela foi presa em flagrante após os depoimentos das vítimas e testemunhas, incluindo uma amiga da própria autora da agressão. Mesmo na delegacia, segundo o relato, a mulher teria demonstrado deboche e tentado fugir, sendo formalmente autuada por injúria racial e homofobia — crime equiparado ao racismo pela jurisprudência do STF.

Apesar do trauma e de perder parte dos shows, as vítimas decidiram permanecer no evento após formalizar a denúncia, reforçando a importância de não silenciar diante de crimes de ódio. “É essencial ir até o fim nessas situações e não deixar passar impune”, afirmou o denunciante, que atua na área de segurança pública. “Perdemos os shows do Coldplay, do Seu Jorge e do Arraial do Pavulagem, mas extravasamos a raiva no show da Anitta. No fim, valeu a pena. Só de pensar que ela passou a noite na cadeia já me alivia o coração”, afirmou.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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