Garoto de programa é preso por aplicar “Boa noite, Cinderela” em turistas gays na Zona Sul do Rio

Policiais civis da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e da 13ª DP (Ipanema) prenderam nesta quinta-feira (7) Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes, de 22 anos, acusado de integrar uma quadrilha que aplicava o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela” contra turistas — especialmente estrangeiros — na Zona Sul do Rio de Janeiro. Cláudio, que se apresentava como garoto de programa, tinha dois mandados de prisão em aberto por roubo e associação criminosa e foi capturado em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Outros três suspeitos, sendo dois homens e uma mulher, seguem foragidos.

Segundo as investigações, o grupo utilizava aplicativos de relacionamento voltados ao público gay para atrair as vítimas, geralmente estrangeiros e pessoas mais velhas. Os encontros eram marcados em praias ou bares da Zona Sul. Após dopar os turistas, os criminosos realizavam saques, transferências bancárias e furtavam celulares e objetos de valor. Em maio, um turista mexicano chegou a ser encontrado desacordado na Praia de Ipanema após conhecer Cláudio por meio de um aplicativo.

Outros casos semelhantes também foram registrados. Em junho, um turista italiano perdeu cerca de 19 mil euros (equivalente a R$ 117 mil) após ser dopado durante um encontro. Já em agosto, dois turistas chilenos tiveram prejuízo de R$ 15 mil em Copacabana. A 13ª DP ainda investiga outro episódio envolvendo um pernambucano hospedado em um hotel na Avenida Atlântica, que teve o celular e mais de R$ 60 mil roubados após consumir bebidas oferecidas por um dos criminosos.

De acordo com a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat, o grupo analisava o perfil das vítimas antes de agir. “Eles se aproveitavam da aparência e do poder aquisitivo das pessoas. Em alguns casos, nem cobravam pelo encontro, pois já planejavam dopar a vítima e cometer o crime”, explicou. A polícia segue em busca dos demais integrantes da quadrilha. Cláudio será transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde passará por audiência de custódia.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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