Nicki Minaj gera indignação ao apoiar governo Trump e suas ações contra pessoas trans

Nicki Minaj parece ter cruzado definitivamente a linha que separa a polêmica da ideologia. Após inicialmente defender Donald Trump nas redes sociais, a rapper passou a compartilhar conteúdos que exaltam as políticas do atual presidente dos Estados Unidos e símbolos do movimento “Make America Great Again” (MAGA). A aproximação com Trump, notoriamente associado a pautas anti-LGBTQIA+ e racistas, tem causado espanto e frustração entre parte de seus fãs, especialmente da comunidade queer, que há anos representa uma fatia significativa de sua base de apoio.

A adesão de Minaj ao discurso trumpista ganhou força após ela republicar, em seu TikTok, um vídeo da própria Casa Branca que exaltava supostas “conquistas” do segundo mandato de Trump ao som de Va Va Voom, um de seus sucessos. A lista incluía frases como “sem homens nos esportes femininos” e “imigrantes ilegais criminosos sendo deportados” — menções diretas a políticas discriminatórias e à ofensiva do governo contra pessoas trans e migrantes. O gesto foi visto como um endosso explícito às ações de Trump, que assinou ordens executivas restringindo direitos de estudantes trans e proibindo a participação de mulheres trans em competições femininas.

A guinada política da rapper começou no início de novembro, quando ela compartilhou uma postagem de Trump no Truth Social sobre a perseguição a cristãos na Nigéria. “Ler isso me fez sentir uma profunda gratidão”, escreveu Minaj, agradecendo ao presidente “por levar o tema a sério”. A publicação rendeu elogios de figuras conservadoras, incluindo o embaixador americano na ONU, Mike Waltz, que sugeriu que Minaj deveria discursar nas Nações Unidas. Empolgada, ela respondeu afirmando que se sentiria “honrada” e comemorou o suposto convite, dizendo ter se tornado a “primeira rapper feminina convidada pela ONU”.

Nas redes, a reação foi imediata. Muitos fãs acusaram Minaj de hipocrisia por apoiar um governo responsável por políticas que afetam diretamente grupos que a apoiam há mais de uma década. “Ela está virando as costas para a própria comunidade que a consagrou”, escreveu um seguidor. Mesmo assim, a rapper parece firme em sua nova posição, encerrando uma das publicações com um trocadilho que causou ainda mais controvérsia: “Vamos lá, Barbz, vamos fazer a América engasgar de novo”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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