Hospital onde Cazuza escreveu ‘Codinome Beija-Flor’ ganhará escultura em homenagem à canção

No próximo dia 9, um dos maiores sucessos da música popular brasileira, “Codinome beija-flor”, de Cazuza, receberá um tributo artístico no local que inspirou a famosa composição. Para comemorar os 40 anos da canção, o Hospital São Lucas Copacabana, da Rede Américas, na zona sul do Rio de Janeiro, onde a música nasceu, irá inaugurar no interior de seu parque ecológico, uma escultura interativa, assinada pelo artista plástico carioca Mario Pitanguy. A obra, não apenas homenageia o gênio do rock nacional, mas celebra a profunda conexão entre arte, música, natureza e saúde.

 A homenagem será uma escultura em bronze em formato de Beija-Flor emoldurada por uma janela e flores, já que a inspiração para o clássico, parte do álbum Exagerado, surgiu durante os dias de internação de Cazuza, em 1985, na unidade. Cercado pela densa vegetação da Mata Atlântica nos fundos do prédio, o compositor via diariamente beija-flores na janela do seu leito. Foi assim, que esses pequenos visitantes, vindos do parque, se eternizaram na letra da canção.

 “Esse projeto me deixa muito feliz por ajudar a perpetuar a obra do Cazuza. Espero que os beija-flores, que o inspiraram a compor a canção continuem a levar esperança para os pacientes internados, suas famílias e funcionários do hospital”, ressalta Lucinha Araújo, mãe do artista, em valorização ao legado de conforto e inspiração.

 A escultura criará mais uma oportunidade de unir as pessoas, transformando a memória de uma obra-prima em um refúgio de bem-estar, como explica o artista plástico Mario Pitanguy: “Sou um grande fã de Cazuza; poder criar essa homenagem me permite uma aproximação única – é como sentir a presença de alguém que, embora eterno na arte e na memória, já não está entre nós fisicamente. Agradeço ao hospital a confiança e a oportunidade”, diz.

Segundo a diretora-geral do Hospital São Lucas Copacabana, Vanessa Queiroz, o espaço verde, que já é palco de várias abordagens terapêuticas, como fisioterapia, fonoaudiologia e momentos de conexão com a natureza, agora será eternizado pela arte e pela música, consolidando-se como um importante ambiente de acolhimento como aliado do tratamento médico-hospitalar.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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