Influenciador lança reflexão após espancamento de casal gay bolsonarista em Porto de Galinhas

A polêmica em torno do espancamento sofrido por Cleiton Zanatta e Jhonny Andrade, em Porto de Galinhas, ganhou novos desdobramentos após publicações do influenciador digital Márcio Rolim. Ao comentar o caso, ele lançou a provocação que rapidamente tomou as redes sociais: “quando gays bolsonaristas sofrem a violência que seus políticos defendem, eles contam com quem?”. O questionamento abriu debate justamente por envolver dois homens gays que apoiam Jair Bolsonaro e que, agora, foram vítimas de homofobia — um tipo de violência historicamente praticada e verbalmente estimulada pelo ex-presidente ao longo de sua trajetória pública.

Nos textos, Márcio contextualiza que o casal é declaradamente bolsonarista e mantém alinhamento público com a extrema direita, inclusive seguindo Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro nas redes sociais. Ele relembra que Bolsonaro construiu sua carreira política com falas ofensivas contra pessoas LGBTQIA+, ataques a políticas de diversidade e declarações que banalizam a violência contra essa população. Para o influenciador, esse histórico torna ainda mais simbólico o caso, ao evidenciar que a homofobia não poupa nem mesmo aqueles que apoiam projetos políticos que a reproduzem.

Em outro trecho da publicação, Márcio chama atenção para as imagens do espancamento que circularam nas redes. Ele descreve a cena em que um dos parceiros tenta proteger o outro durante a agressão, classificando o momento como “de partir o coração”. Segundo ele, a imagem escancara que, naquele instante, a única rede de apoio possível era o próprio casal, que, tomado pelo medo, se colocou como escudo diante da violência, sem qualquer proteção imediata do Estado ou da sociedade.

Apesar das críticas ao posicionamento político de Cleiton e Jhonny, Márcio reforça que nada justifica a brutalidade sofrida pelos dois. Ele defende que a Prefeitura de Ipojuca adote medidas para reparar minimamente os danos causados ao casal e a outros turistas que relatam situações semelhantes em Porto de Galinhas. Para o influenciador, o episódio também evidencia a urgência de reconhecer que se posicionar politicamente ao lado de quem defende a vida e os direitos humanos é parte essencial do caminho para dias mais seguros e justos para toda a população LGBTQIA+.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!