Moradores de vilarejo na China pedem isolamento e expulsão de criança com HIV!

Mais de 200 moradores de Sichuan, na China, assinaram uma petição exigindo que um menino de apenas oito anos de idade, infectado com HIV, seja expulso de sua aldeia e tratado de forma isolada, segundo a mídia estatal. Identificado como Kun kun, a criança contraiu o vírus durante a gravidez de sua mãe que desapareceu após o parto, em 2006.

Em 2011, o pequeno Kun Kun foi diagnosticado com o vírus. Então, quem desapareceu foi o pai, deixando o menino aos cuidados de um dos seus avós. Desde que foi diagnosticado, ele foi proibido de frequentar a escola e os moradores do vilarejo fogem da criança. Na China, os soropositivos sofrem um grande preconceito. A população local disse que ele estava se comportando mal e tinha começado a causar incêndios. Segundo a reportagem, ele já botou fogo na sua própria casa. “Ninguém quer brincar comigo, então eu brinco sozinho”, ele teria dito. O jornal “Beijing Youth Daily” publicou uma foto mostrando Kun Kun observando seu avô assinar a petição, e disse que mais tarde “correu para casa, subiu na cama e ficou lá sem palavras”.

“Todo mundo tem pena dele, ele é inocente e, afinal de contas ele é apenas uma criança, mas o fato de que ele tem Aids é muito assustador para a aldeia. Nós não sabemos o que fazer com ele”, declarou Wang Yishu, secretário do partido da aldeia. Os moradores disseram ao jornal que eles estavam com medo de seus filhos “pegarem Aids” se eles entrassem em contato com Kun Kun ou fossem mordidos por ele. O caso é debatido de maneira intensa no Weibo, um Twitter chinês, com muitas críticas à falta de compaixão. “Isso tem a ver com muitas pessoas sem conhecimento, e o cerne da questão é que é necessário que haja mais educação para evitar mais essas situações”, declarou um dos usuários.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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