“Me chamam de veado todos os dias”, desabafa atleta Caio Bonfim

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O atleta Caio Bonfim teve muito jogo de cintura para voltar a comentar sobre os ataques homofóbicos que recebe diariamente na rua por praticar a marcha atlética. “Não teve nenhum dia que eu tenha saído na rua que não fui xingado por fazer a marcha atlética”, disse Caio em entrevista para o UOL.

“Dizem: vira homem, para de rebolar, viado, fora, vai pra casa, vai trabalhar, vagabundo… Todo dia! Estou há nove anos na marcha e não teve um dia que não tenham xingado”, disse o atleta de 25 anos, bastante emocionado após o resultado, que nunca tinha sido alcançado por um marchador brasileiro.

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“Joguei futebol por dez anos e digo que troquei o esporte mais popular pelo menos popular do Brasil. Esse é o legal. Descobrir algo novo. Minha mãe foi vice-campeã brasileira, me inspirou, fui para uma Olimpíada, que ela nunca tinha ido, e hoje sou quarto do mundo. É uma oportunidade de inspirar as pessoas e popularizar esse esporte, mostrar que há outros esportes legais”, afirma Caio.

Para quem não sabe, o esporte exige que o participante se movimente o mais rápido possível, mas não pode correr. Com isso, a todo momento, pelo menos um de seus pés precisa tocar o solo. O atleta, para cumprir a regra, acaba fazendo um movimento semelhante a uma “rebolada”, o que acaba levando aos xingamentos homofóbicos.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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