Jovem trans de 14 anos comete suicídio após hospital tratá-lo no feminino

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Kyler Prescott, adolescente transexual de 14 anos, cometeu suicídio após funcionários do Rady Children’s Hospital, em San Diego, insistentemente o chamarem pelo seu nome feminino. Ele ficaria por apenas 72 horas no hospital, para um procedimento comum para suicidas em potencial, mas o tratamento transfóbico que recebeu acabou intensificando sua ansiedade e depressão.

O caso, que aconteceu em 2015, voltou à tona porque sua mãe, Katharine Prescott, decidiu processar o hospital em que o jovem estava internado. Segundo ela, o filho precisava de ajuda após uma grave crise, já que era constantemente vítima de “cyberbullying”. Pouco antes de falecer, ele escreveu um poema em que falava daquele que estava “preso dentro de seu corpo, envolto pelas correntes da sociedade que o impedem de escapar”.

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Na segunda-feira (02/10), Katharine apresentou uma ação civil contra o hospital no Tribunal Distrital dos Estados Unidos no sul da Califórnia, alegando que durante a estadia de Kyler na instalação, médicos violaram leis federais e estaduais que o protegem contra a discriminação. A ação vem em um momento importante para os membros da comunidade trans, que têm lutado nos tribunais norte-americanos pelos direitos civis, como fazer o uso de banheiros públicos de acordo com a sua identidade de gênero.

“Quando meu filho estava em desespero, confiei no hospital para segurança e bem-estar dele”, disse Prescott. “Os hospitais deveriam ser lugares seguros que ajudam as pessoas quando estão em necessidade”, acrescentou. “É doloroso falar, mas eu quero ter certeza de nenhum outro pai ou filho tenha que passar pelo o que estou passando”.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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