Arquiteto é espancado durante festa em Ponta Grossa; vítima acredita em homofobia

Um arquiteto ficou gravemente ferido após uma confusão registrada no Centro de Eventos de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, na madrugada deste domingo (23/04). André Panatto teve que ser socorrido por equipes de resgate e segue internado.

Segundo a defesa do rapaz, ele teria sido agredido por seguranças do evento, enquanto os organizadores alegam que o jovem teria se envolvido em uma briga com outros frequentadores da festa. “Ele [André] foi visto sendo retirado por seguranças do interior do camarote do evento, depois disso foi socorrido por equipes de resgate já completamente desfigurado na parte externa do Centro de Eventos”, disse o advogado da vítima, Helenton Fonseca.

Helenton afirmou ainda que Panatto foi agredido enquanto seu companheiro se dirigia ao banheiro e que ele teve vários ossos da face fraturados, correndo o risco de perder a visão do olho esquerdo. No entanto, os organizadores do evento contestam essa versão. Segundo os empresários Iran Taques e Antonio Bento de Paiva Filho, André teria se envolvido em uma confusão com outros frequentadores da festa e foi retirado do local assim como os outros. “A versão apresentada pelos seguranças é totalmente diferente da exposta pelo advogado”, comentou Bento.

“Alguns pessoas viram ele sendo retirado do interior da festa pelos seguranças, isso de fato ocorreu, mas a informação que temos é de que ele teria se machucado daquela forma ao brigar com outros frequentadores e foram os próprios seguranças que chamaram o resgate”, contou Bento em entrevista ao site “A Rede”.

Ainda na versão de Antonio, a equipe de seguranças afirmou que André estaria “transtornado” no momento da confusão e por conta disso houve a necessidade de “apoio” para que ele fosse retirado do local após o incidente. Na versão apresentada pelo advogado Fonseca, as agressões sofridas mostrariam que ele foi espancado quando já estava inconsciente após ser imobilizado. Para o advogado da vítima, a única motivação para as agressões seria a homofobia.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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