Vaticano reforça que homossexuais ou apoiadores da ‘cultura gay’ não podem ser sacerdotes
Um decreto sobre a formação de sacerdotes publicado nesta quarta-feira (13/12) pelo Vaticano recorda a exigência de abstinência sexual e a proibição de homossexuais no exercício do sacerdócio.
“A Igreja, respeitando as pessoas envolvidas, não pode admitir no seminário e nem nas ordens sagradas os que praticam a homossexualidade, apresentem tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiem o que se conhece como cultura gay”, destaca o documento, publicado nesta quinta-feira pelo Osservatore Romano, diário oficial do Vaticano. Este novo guia completo, aprovado pelo Papa, atualiza uma versão emitida há 46 anos, mas a não admissão de padres com tendências homossexuais foi tratada pela Igreja Católica em 2005.
O documento faz exceção para as “tendências homossexuais que sejam unicamente a expressão de um problema transitório como, por exemplo, uma adolescência ainda não terminada”. O documento recorda a necessidade de uma “imposição voluntária da continência”. Seria “gravemente imprudente admitir o sacramento a um seminarista que não haja atingido uma afetividade madura, serena e livre, casta e fiel ao celibato”, determina o decreto, acrescentando que os futuros padre também necessitam compreender “a realidade feminina”.
“Tal conhecimento e aquisição de familiaridade com a realidade feminina, tão presente nas paróquias e em muitos contextos eclesiais, é conveniente e essencial para a formação humana e espiritual do seminarista”, diz o documento. Após o escândalos sobre abusos sexuais, o guia possui um artigo destinada à “proteção dos menores”.
Segundo o documento, no programa de formação inicial de sacerdotes serão inseridos lições, seminários ou cursos para transmitir de maneira adequada a proteção de menores de idade, “dando ênfase nas áreas de possível exploração ou violência, como, por exemplo, o tráfico de crianças, o trabalho infantil e o abuso sexual”.