Cresce o número de LGBTs que andam armados nos Estados Unidos

Dois anos após o massacre da boate Pulse, em Orlando (Estados Unidos), o mesmo se espalhou em meio aos americanos da comunidade LGBTQ. Segundo o Centro de Direitos Humanos (HRC, na sigla em inglês), grupo nos EUA em defesa do segmento social, 52 pessoas que se identificavam como gays e 28 como transgênero foram assassinadas no ano passado em casos de crimes de intolerância, segundo o jornal “The New York Post”.

Agora, muitos têm andado armados para se defender. “Não quero apanhar até a morte, ser esfaqueada ou queimada viva” conta uma mulher para a reportagem, sob condição de anonimato, que faz parte de um dos crescentes clubes de armas do EUA, chamado Pink Pistols (“Pistolas Rosas”). “Quero uma arma para me sentir igual”. De acordo com o jornal americano, o grupo foi apelidado de “NRA gay”, em referência à Associação Nacional do Rifle, o maior grupo de lobby a favor das armas nos EUA.

O “NY Post” relata a experiência do jornalista australiano Patrick Abboud, que viajou os EUA para falar com integrantes da Pink Pistols em uma reportagem para o site “News.com.au”. Piper Smith, chefe da Pink Pistols em San Diego, na Califórnia, decidiu comprar uma arma dois dias após o episódio, que foi considerado o “11 de setembro” da comunidade gay, diante da tragicidade do caso. O grupo tem 45 divisões regionais com quase 10 mil integrantes da comunidade LGBTQ registrados, segundo o site da organização.

“Gays que são armados e treinados não são atacados ou mortos”, afirma Jeff Bloovman, estudante de enfermagem e instrutor de armas que participa da Pink Pistols. Abboud conta que a mensagem que recebeu foi que a polarização política na sociedade americana deixou os homossexuais mais amendrontados do que nunca. Alguns dizem que não se pode confiar na polícia para proteger a comunidade LGBTQ. O ataque contra boate gay em Orlando, que deixou quase 50 mortos, completou dois anos na terça (12/06).

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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