Hospital é condenado por demitir médico gay que teve filho por meio de barriga de aluguel

A coluna de Mônica Bergamo informa que a Justiça do Trabalho condenou a Associação Congregação de Santa Catarina, entidade que gere hospitais e escolas, por demitir o médico Wagner Alexandre Scudeler, de 41 anos. A entidade foi condenada a pagar R$ 120 mil ao funcionário.

Solteiro e homossexual, ele obteve o direito à licença-maternidade e estabilidade depois de ter um filho por meio de barriga de aluguel. Wagner contratou uma barriga de aluguel nos EUA, onde o serviço é regulamentado, e foi reconhecido legalmente como o único guardião da criança. Ele afirma que foi demitido minutos depois de informar à instituição que tiraria a licença para acompanhar o nascimento do filho.

“Eu, por quatro meses de afastamento, em uma situação análoga à de uma gravidez, estou condenado ao desemprego. Uma mulher grávida poderia ter a entrevista cancelada também. Posso dizer que senti na pele o que uma mulher passa no Brasil”, disse ele ao site Uol.

A juíza Larissa Rabello Costa condenou a instituição a pagar R$ 120 mil por demitir um funcionário. Ao proferir a pena, a juíza afirmou que “é inegável que o reclamante e o seu filho formam entidade familiar que merece a proteção especial do Estado e da sociedade”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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