Homem é suspeito de ameaçar e jogar bomba caseira em garagem de vizinhos gays em São Paulo

A Polícia Civil investiga um comerciante por suspeita de ameaçar um casal homossexual que mora no prédio ao lado da casa dele no bairro São Joaquim em Franca (SP). Segundo o G1, Pedro Paulo da Fonseca, de 55 anos, chegou a ser detido na noite de segunda-feira (02/09), depois de jogar uma bomba na garagem dos vizinhos e tentar agredir um deles com uma faca.

Com medo de que algo pior possa acontecer, o sapateiro Eduardo Rodrigues da Silva, de 35 anos, e o namorado, o cabeleireiro Igor Bellinazzi, de 22 anos, pretendem se mudar e estão procurando uma casa para alugar em outro bairro. O sapateiro contou que mora no prédio atual há dois anos. Mas, há cerca de oito meses, os dois passaram a ser ameaçados com frequência pelo comerciante, que mora na casa ao lado com um irmão. “Sempre foi verbalmente, ele dizia ‘vocês têm que virar homem’, ‘vou fazer vocês virarem homem’. Na segunda-feira, ele só não partiu para cima porque os policiais seguraram. Ele chegou batendo o podão no nosso portão”, relembrou.

Eduardo disse que não se importou com os gritos e ofensas, mas acionou a PM depois que o vizinho jogou uma bomba caseira na garagem do edifício. Quando os policiais chegaram ao local, o comerciante ainda tentou agredir o sapateiro. Um dos PMs tentou imobilizar o comerciante e sofreu um ferimento em uma das mãos. Pedro foi algemado e levado ao Plantão da Polícia Civil, onde prestou depoimento. Ele acabou liberado, mas responderá pelo crime de ameaça.

“O delegado me orientou a mudar do bairro, disse que esse cara sempre deu muito trabalho, tem uns 10 boletins de ocorrência registrados contra ele por perturbação, jogar bomba, xingar os vizinhos. Tem muito boletim de ocorrência contra ele”, disse o sapateiro.

Pedro confirmou que jogou uma bomba caseira na garagem do prédio dos vizinhos, alegando que ele e o irmão também são ameaçados. O comerciante disse ainda que os dois têm relação com uma facção criminosa, mesmo reconhecendo não ter provas sobre a denúncia. O caso está sendo investigado pelo 2º Distrito Policial de Franca.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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