Casal gay adota menina com HIV rejeitada por dez famílias
Uma recém-nascida soropositivo teve um novo rumo na sua trajetória de adoção, na Argentina. Olivia passou por 10 famílias adotivas, mas, quando os “pais” descobriam que ela é portadora do vírus HIV, a bebê era devolvida ao orfanato – ela contraiu a doença ainda na barriga de sua mãe biológica.
Mas um casal gay conseguiu mudar a história de abandono de Olivia. Damián Pighin, de 42 anos, e Ariel Vijarra, de 39, estavam há anos procurando por uma criança para adotar. Trabalhando em uma ONG onde ajudam casais a passar pelo processo de adoção, eles conheceram Olivia. Quando pegaram a pequena no colo e a alimentaram sem que ela chorasse, eles perceberam que ali havia uma conexão. “A conexão foi imediata. Nós a seguramos em nossos braços, demos a mamadeira e ela olhou para nós com os olhos bem abertos, sem chorar”, disse Vijarra.
Após a adoção, Olivia recebeu todos os tratamentos necessários para o controle do vírus, e, segundo seus novos pais, graças à eficácia dos medicamentos, o HIV não é mais detectado em seu corpo. “O tratamento foi com AZT, como fazem os adultos, já que não existem medicamentos antirretrovirais pediátricos. Ela se comportou como uma guerreira. Um ano e meio depois que ela nasceu, os infectologistas confirmaram que todos os exames deram negativo. Não tinha mais HIV, era saudável. Foi escolhida por Deus. É algo inexplicável”, lembraram os pais.
Damian e Ariel se tornaram o primeiro casal homoafetivo a se casar em Santa Fé, na Argentina. Eles esperaram por 3 longos anos até que pudessem finalmente adotar. Hoje eles são pais de Olívia e também de Victória, ambas completarão 5 anos de idade.