RJ: Após 2 anos de sucesso, Urbanito, bar LGBTQ+, passa por reforma e se prepara pra reinauguração
Foi no final de 2017, mais precisamente no dia 22 de novembro, que Bianca Fraga, ou Bia, como é conhecida pelos amigos, inaugurou o bar Urbanito, localizado no bairro da Praça da Bandeira, zona norte do Rio. Formada em Administração Pública, sommelière e mestra cervejeira, atualmente com 26 anos, Bia pôde inaugurar seu sonho há pouco mais de dois anos e agora, após um recesso pra uma breve reforma, a equipe do bar se prepara pra sua reinauguração, cheia de novidades.
O Urbanito já promoveu diferentes tipos de eventos voltados para o público LGBTQ+ como shows, palestras, até mesmo cursos e aulas de cervejaria. Após as eleições de 2018, com a confirmação do resultado de quem seria o nosso Presidente, Bianca fez um post em seu perfil pessoal no Facebook, avisando que quem quisesse poderia celebrar seu amor e casamento, totalmente de graça, nas dependências do bar. O post viralizou e no dia seguinte 2 meninas foram até lá para agendar a data da cerimônia, que inclusive foi transmitida pela BBC de Londres. Desde então o bar tem recebido cerimônias de casamentos LGBTs.
Tivemos a oportunidade de conversar com Bianca [que aparece na foto abaixo], bissexual e única sócia do estabelecimento, que conta com uma equipe de 2 gerentes, Alessandra (26) e Victor (21), e outros 6 funcionários, dentre eles está Cecília Bruzaca, responsável pelas delícias que saem da cozinha do bar. Conheça um pouco mais sobre o bar LGBTQ+ da zona norte carioca que abraça seus clientes com muito amor e respeito.
Qual a origem do nome “Urbanito”?
“Queríamos um bar urbano, com comida urbana, comida rápida, eventos na rua. E como somos pequeninhos, juntamos o ‘urbano’ com a ideia de ‘pequeno’ e ficou Urbanito”.
Por que abrir um bar na Praça da Bandeira?
“A Praça da Bandeira tá na minha família há um tempo. Minha tia é dona de um bar aqui no bairro há 18 anos. Então convivi muito com a região. Achei justo abrir aqui e sair um pouco do ‘hype’ da zona sul”.
Por que um bar voltado para o público LGBT?
“No início não era tão voltado ao público LGBT. Eu acho que foi uma construção coletiva. Lembro como se fosse ontem quando me toquei de que tínhamos nas mãos um bar LGBT. Eu costumo conversar com os clientes, perguntar de onde eles vieram, como conheceram o bar e numa dessas um casal de meninas falou ‘é o único lugar em que a gente se sente segura’. Aquilo ‘bugou’ a minha cabeça, passei a noite em claro. Eu passava por essa situação, de às vezes querer estar com alguma menina e não me sentir bem em um bar, ficar sempre insegura, achando que alguém pudesse fazer alguma piada ou falar alguma coisa, meus amigos também passavam por isso. Os clientes do bar também passavam por isso e agora estavam indo pra lá, pra poderem se sentir seguros e mais à vontade. E aí meio que entendi que tínhamos mesmo que fazer esse papel. Porque até então éramos só um bar. Depois disso, botamos bandeira, colocamos o nome do Wi-Fi como ‘amorlivre’ e começamos a fazer vários eventos voltados para o público. É um refúgio sabe? A gente precisa muito de um lugar em que sabe que o cara que tá na outra mesa não vai olhar a gente torto, nem que o garçom vai fazer qualquer maldade”.
O que podemos encontrar no cardápio do bar?
“Petiscos rápidos, friturinhas, batatas, aipim frito, sandubas, milk-shake. E de bebida o que mais vende é chopp e gin tonica. Mas agora esperamos vender mais as garrafas.
Quais novidades e surpresas o público pode esperar na reinauguração?
“Até então só vendíamos chopp. Agora vamos passar a vender garrafas também, o pessoal sempre pediu. O mais legal é que criamos um esquema de clube de clientes do Urba, os ‘Urbalovers’ se cadastram no site e vão acumulando ‘moeditas’, nossa moeda oficial,e aí ganham vários benefícios, descontos, e até brindes do bar.”
Quais os “carros chefe” dos pedidos?
“De comida é o Hot Dog: linguiça artesanal de pernil, farofa de bacon,queijo maçaricado, barbecue rústico da casa e maionese de páprica no pão de brioche. De bebida, um chopp que super arrasou de vendas por aqui foi o que eu fiz em homenagem a Camila Pitanga (porque né… entrou pro bonde), aí eu coloquei pitanga no chopp, O pessoal pirou”.
Qual o diferencial do Urbanito em relação aos outros bares cariocas, e principalmente aos locais voltados para o público LGBT?
“Acho que a gente faz com que o cliente viva uma ‘experiência’ aqui, sabe? Não é só a coisa de ir num bar, beber uma cerveja e comer alguma coisa. É ser atendido com muito amor, é poder sentar comigo na mesa e conversar. O pessoal liga muito pra isso. Sempre quando eu tô no bar alguém vem bater papo, conversar, perguntar alguma curiosidade. E acho que é um retorno muito maneiro”.
O Urbanito reinaugura nesta sexta-feira, dia 28/02, a partir das 18h. seu horário de funcionamento será as sextas, sábados e domingos, a partir das 18h, até o último cliente. Em dias de eventos pode ser que o horário de funcionamento seja alterado. Pra ficar por dentro de tudo que acontece por lá, basta seguir o perfil do bar no Instagram. Reservas somente através de mensagens pelo Instagram. Para se cadastrar e saber tudo sobre o programa de benefícios criado especialmente pros ‘Urbalovers’ basta clicar aqui.
Serviço
Reinauguração Urbanito | Um oásis de amor na zona norte carioca
Sexta, 28/02, no bar Urbanito.
Entrada gratuita a noite toda.
Rua Joaquim Palhares, 513, Loja B (entrada pela Rua São Valentim), Praça da Bandeira, Rio de Janeiro – RJ. A partir das 18h.