Jovem é morto a pedradas por adolescentes e tem corpo queimado em crime motivado por homofobia

Foto: Reprodução/TV Bahia

A homofobia segue fazendo mais uma vítima! Um jovem de 21 anos, identificado como Guilherme de Souza, foi assassinado na madrugada de domingo (12/07), após ser agredido com pauladas e pedradas, além de ter o corpo queimado pelos agressores, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.

Segundo o G1, após denuncias, a polícia conseguiu identificar os suspeitos, dois adolescentes de 14 e 16 anos. O adolescente de 14 anos foi apreendido e, para a polícia, confessou o crime, apontado como premeditado. Guilherme estava voltando para casa na madrugada do dia do crime, quando foi abordado pelo adolescente de 14 anos. Com a ajuda do amigo de 16, eles apedrejaram a vítima, que posteriormente foi arrastado e levado para uma casa abandonada, onde foi queimado vivo.

Segundo a polícia, na primeira versão, ele disse que teve uma discussão com a vítima, que teria xingado a mãe dele. Porém, durante as investigações, a polícia descobriu que, na verdade, o crime foi por homofobia. Rivaldo Luz, coordenador regional de Polícia Civil da região, conta que o garoto não mostrou arrependimento hora nenhuma. “Ele era uma pessoa boa, alegre, brincava com todo mundo. Jamais na minha vida eu ia pensar que ia acordar de manhã e receber uma notícia dessas”, lamentou Franciane de Souza, mãe de Guilherme, em entrevista ao G1.

“Qualquer mãe pensa que um dia o filho vai chegar em casa porque alguém bateu, fez alguma coisa pelo fato dele ser homossexual. A gente sempre se preocupa, a mãe sempre se preocupa com isso. Mas jamais na minha vida eu ia pensar que iam matar meu filho daquela forma, daquele jeito, por ele ser homossexual. Ele deve ter chamado por mim, pedido socorro e ninguém fez nada”, continua.

O adolescente de 14 anos foi apreendido provisoriamente e aguarda decisão judicial. Ele devem ser encaminhado para Salvador para o cumprimento de medida socioeducativa. Já o agressor de 16 anos se apresentou à polícia na quinta-feira (16/07). De acordo com o delegado, ele não ateou fogo em Guilherme, mas participou da agressão. A medida de internação dele foi expedida e ele foi apreendido.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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