Transexual relata bullying após colocar silicone no rosto e pede ajuda nas redes: “Me chamam de Fofão”

A gaúcha e mulher trans Juju Oliveira, de 30 anos, usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre o constante bullying que vem sofrendo por conta de sua aparência. Em vídeo divulgado em seu Facebook, Juju falou sobre as complicações de uma aplicação de silicone no rosto, feita em 2017.

“Eles passam e me chamam de Fofão. Eu era uma pessoa como qualquer outra, aí fui inventar de fazer isso no rosto: silicone. Aí deu no que deu. Inchou e ficou desse jeito. Foi um erro meu”, lamenta ela, que é de Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. “Eu só estou querendo um pouco de respeito. Sou uma travesti de 30 anos. Sou natural de Passo Fundo, sempre morei aqui. Quero pedir um pouco mais de respeito”.

No vídeo, ela contou ainda que trabalha na rua: “Sou uma travesti, tenho 30 anos, trabalho na rua, e cada vez que as pessoas me veem elas gritam: Fofão!’. Não é por me comparar com Fofão, é pela falta de respeito pelo estado que eu estou. Olha como está o meu rosto. Muitas das vezes não quero vir para cá, mas eu preciso ganhar um troco”.

Em entrevista ao jornal Extra, ela conta que colocou 250 ml de silicone no rosto, que infelizmente acabou se espalhando entre bochecha, nariz, queixo e maxilar. “No início parece pouca coisa, mas com o tempo, dobra de tamanho. Meu problema são as bochechas e o pescoço, pois o silicone desceu”, disse Juju, que agora procura por um cirurgião que a ajude gratuitamente para a retirada do silicone industrial.

“Sempre deixei muito claro que o meu silicone foi um procedimento clandestino, e que eu paguei e assumi a responsabilidade. Só que como isso é ilegal, a gente paga sabendo das consequências. Quero uma ajuda para reverter e tirar esse silicone do rosto. Estou procurando um médico, não quero vaquinha na web, quero um cirurgião que possa fazer isso de graça para mim”, disse ela.

Confira o desabafo

https://www.instagram.com/p/CEaYaDipOpj/

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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